segunda-feira, 31 de maio de 2010

Saúde

Saúde na Argentina é provida através da combinação de "employer and labor union-sponsored plans" ("Obras Sociales"), planos de seguro do governo, hospitais e clíncas públicas, e através de planos de saúde privados. Esforços governamentais para melhorar a saúde pública na Argentina pode ser tracado até o primeiro tribunal médico de 1780 do Vice-rei da Espanha Juan José de Vértiz.[16] Logo após a independência, o estabelecimento da Escola de Medicina da Universidade de Buenos Aires em 1822 foi complementada pela da Universidade Nacional de Córdoba em 1877. O treinamento de médicos e enfermeiras treinados nestas e outras escolas permitiu um rápido desenvolvimento das cooperativas de tratamento de saúde, durante a Administração de Pres.

A disponibilidade de tratamento de saúde ajudou a reduzir a mortalidade infantil na Argentina de 89 a cada 1000 nascimentos em 1948 para 12,9 em 2006[17][18] e aumentou a expectativa de vida ao nascer de 60 anos para 76.[19][20]

Educação

Depois da independência, a Argentina construiu um sistema nacional de educação pública se espelhando nas outras nações, colocando o país em uma boa colocação no ranking global de alfabetização. Atualmente o país tem um índice de alfabetização de 97% e três em cada oito adultos acima de 20 anos completaram os estudos da escola secundária ou superior.[13]


Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.A ida para a escola é obrigatória dos 5 aos 17 anos. O sistema escolar da Argentina consiste em uma nível primário que dura de seis a sete anos, e um secundário que dura de cinco a seis anos. Na década de 1990 o sistema foi dividido em diferentes tipos de instituições de ensino secundário, chamadas "Educacion Secundaria" e a "Polimodal". Algumas províncias adotaram o "Polimodal" enquanto outras não. Um projeto no Executivo para acabar com essa medida e retornar ao sistema mais tradicional de educação de nível secundário foi aprovado em 2006..[14] O presidente Domingo Faustino Sarmiento é creditado pela esmagadora maioria por ter implementado o moderno e gratuito sistema educacional na Argentina. A reforma universitária em 1918 formou a atual representação em tripartite da maioria das universidades públicas.

A educação é mantida pelas taxas em todos os níveis de educação, exceto a maioria dos estudos de graduação. Há várias instituições de ensino privado no ensino primário, secundário e universitário. Em torno de 11,4 milhões de pessoas estão recebendo educação formal de algum tipo em 2005 :

A educação pública na Argentina é gratuita do primário até a universidade. Apesar da alfabetização ser quase universal no início de 1947,[13] a maioria dos jovens tinha pouco acesso a educação depois dos sete anos obrigatórios durante a primeira metade do século XX; após isso, quando o sistema de educação gratuita foi estendida para o secundário e a universidade, a demanda por locais de ensino tem superado os planos feitos (particularmente desde a década de 1970).[15] Consequentemente, a educação pública está largamente em falta e em declínio, e isso ajudou a educação privada a crescer, apesar disso ter causado uma clara diferença entre aqueles que podem pagar por ela (normalmente a classe média e alta) e o resto da sociedade, já que as escolas privadas normalmente não tem sistemas de bolsa. Aproximadamente um em cada quatro estudantes do primário e secundário, e um em cada seis estudantes universitários vão para insituições privadas.[13][15]

Relações exteriores

A Argentina, junto a Brasil, Paraguai e Uruguai, forma parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas. Participou em cada fase da operação do Haiti, e também tem contribuido em operações pacíficas em diversas zonas do mundo. Em reconhecimiento a suas contribuições à seguridade internacional e à pacificação, o ex-presidente estadunidense Bill Clinton designou a Argentina como um aliado extraimportante da OTAN em janeiro de 1998.

A Argentina mantém uma disputa de soberania sobre as Ilhas Malvinas, Sandwich do Sul, Aurora e Geórgia do Sul, administradas pelo Reino Unido, junto com seus espaços marítimos circundantes. Reivindica quase 1 milhão de quilômetros quadrados na Antártida, no que constitui a Antártida Argentina (todas as reivindicações continentais sobre a Antártida estão suspensas em virtude do Tratado Antártico).

Durante 2006 começou um litígio com o Uruguai devido ao início das obras de uma planta celulósica de la empresa finlandesa Botnia na cidade uruguaia de Fray Bentos. A Argentina tem demandado ao Uruguai ante a Tribunal Internacional de Justiça argumentando que a instalação de plantas celulósicas é contaminadora e tem sido realizada violando o Estatuto do Rio Uruguai.

Política

Após a revisão de 1994, a Constituição da Argentina estabelece a separação dos poderes executivo, legislativo e judicial (Brasil: judiciário), quer ao nível nacional, quer ao nível provincial. O presidente e o vice são eleitos por sufrágio universal para mandatos de 4 anos, sendo apenas uma reeleição consecutiva permitida. O presidente (Presidente de la Nación Argentina) é ao mesmo tempo o chefe de estado e o chefe de governo. É ele que nomeia livremente os ministros e, em caso de "urgência e necessidade", pode legislar por decreto.

O parlamento da Argentina (o Congreso Nacional) tem duas câmaras: o Senado com 72 lugares e a Câmara de Deputados (Cámara de Diputados) com 257 membros. Desde 2001, os senadores são eleitos por sufrágio universal nas províncias e na Capital Federal, cada qual com direito a 3 senadores, que cumprem mandatos de 6 anos. Um terço dos lugares do Senado vão a eleições de dois em dois anos. Os membros da Câmara de Deputados são eleitos para mandatos de 4 anos.

Religião


A Constituição garante a liberdade de religião, mas também exige que o governo apóie o catolicismo romano [6]. Até 1994, o Presidente deveria ser católico romana, embora não houvesse restrições em relação à outros funcionários do governo, na verdade, desde 1945, inúmeros judeus ocuparam cargos de destaque. A política católica, no entanto, continua influente no governo e ainda ajuda a moldar uma variedade de legislação. Em um estudo de avaliação dos níveis das nações de regulação e perseguição religiosa com pontuação de 0-10, onde 0 representava os baixos níveis de regulação ou a perseguição, a Argentina recebeu uma pontuação de 1,4 no Regulamento do Governo da Religião, 6,0 em Regulação Social da Religião, e 6,9 em Governo Favoritismo de Religião e 6 de perseguição religiosa [7]. Na Argentina há uma variedade liberdade religiosa garantidas pelo 14º artigo da Constituição, embora o estado reconheça o caráter preeminente da Igreja Católica, que tem um estatuto jurídico diferente para o resto das igrejas e denominações: Argentina nos termos do 2º artigo da constituição, o governo nacional deve sustentar e segundo o Código Civil, juridicamente equivalente a uma entidade do estado de direito público e não estatal. Trata-se um sistema diferenciado que não realiza o seu estatuto de oficialidade como a religião da República. O Vaticano e a Argentina assinaram uma concordata que rege as relações entre o Estado e a Igreja Católica.

Segundo o World Christian Database, os argentinos são 92,1% cristãos, 3,1% agnósticos, 1,9% muçulmanos, 1,3% judeus e ateus e budistas representam 0,9% cada segmento [8]. Cristãos argentinos são em sua maioria, católicos. As estimativas para o número que professam essa fé variam de 70% da população, para 90%, [6] embora talvez apenas 20% freqüentam regularmente as igrejas. Igrejas evangélicas têm vindo a conquistar uma posição de destaque desde a década de 1980 e contam de aproximadamente 9% da população total entre seus seguidores [9]. Igrejas pentecostais e tradicionais estão presentes na maioria das comunidades. Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias possuem mais de 373.000 seguidores no país, sendo a sétima maior congregação cristã no país. [10]

Há também crenças religiosas populares que são difundidas, como o culto à Defunta Correa, à Madre Maria, para Pancho Sierra, a Gauchito Gil, ou a Zeferino Namuncurá. O último foi beatificado pela Igreja Católica em 2007.

Argentina atual

No período atual da Argentina, os governos democráticos eleitos popularmente não se mostraram capazes de resolver os problemas sócio-econômicos da população argentina. Em 2002, a taxa de pobreza na Argentina chegou a 56% e a de desemprego chegou a inacreditáveis 31%.

O governo de Raúl Alfonsín teve que enfrentar o problema da transição à democracia em um país com grande tradição de governos militares que havia chegado à tragédia do terrorismo de estado e da guerra. Em 1987 o Congresso sanciona uma lei de transferência da capital do país para Viedma — capital da província de Rio Negro — como parte de um projeto para mudar o eixo político-econômico centralista que caracteriza o país, que fracassou.

A ditadura militar

O governo de Arturo Frondizi foi derrubado em 1962 por um golpe militar, depois da vitória do peronismo em várias eleições provinciais. Aproveitando a confusão, a Corte Suprema designou José María Guido, que era presidente provisório do Senado, como novo presidente do país, em seguida substituído por uma Junta de Comandantes.

Em 1982, durante a presidência de Leopoldo Galtieri, iniciou-se a Guerra das Malvinas contra o Reino Unido, disputando-se a soberania das ilhas. O absoluto fracasso das tropas argentinas e a morte de aproximadamente 600 jovens soldados propulsionou o golpe definitivo ao regime militar. Com a volta da democracia em 10 de dezembro de 1983, estimou-se que o número de vítimas do governo era de cerca de 10 mil pessoas. A marca mais profunda das ditaduras foi a repressão sobre setores específicos da sociedade, especialmente os elementos politicamente mais ativos, como jornalistas e sindicalistas.

O país se encontrou num caos político posteriormente à morte de Perón. Grupos extremistas realizavam sequestros e assassinatos, levando a sociedade a um terror poucas vezes visto no país. Nesta situação surge o autodenominado Processo de Reorganização Nacional, presidido originalmente por Jorge Rafael Videla, que se caracterizou por acentuada repressão, levando a cabo constantes perseguições, torturas e execuções de presos políticos. Assim como os outros países do Cone Sul, o governo argentino integrou a Operação Condor.


Monumento à Guerra das Malvinas no Ushuaia.A administração de Videla foi marcada por violações sistemáticas aos direitos humanos, principalmente nos meios estudantis, além de questões de limites de fronteira com o Chile, que estiveram próximas de um conflito armado — matéria diplomaticamente mediada por João Paulo II. Houve também desmantelamento dos sindicatos e polarização na divisão de classes sociais. A economia do país, porém, cresceu, tornando-se mais competitiva e moderna, adaptando-se às correntes mundiais. Houve também um grande incremento nas obras públicas.

A derrota na Guerra das Malvinas obrigou o regime militar a convocar eleições democráticas. Contudo, as violações massivas aos direitos humanos realizadas entre 1976 e 1983, assim como uma ampla tradição em golpes militares, farão complexo o processo de transição à democracia, com reiteradas insurreições militares. Em 1989, pela primeira vez na história, um presidente de um partido entregou o poder a um presidente de outro partido. A situação voltou a se repetir em 1999, mostrando uma notável consolidação da democracia na Argentina.

De Perón à ditadura


Nas eleições de 1946, o general Juan Domingo Perón se apresentou como candidato do Partido Laborista (Trabalhista), tendo como vice um radical da dissidente Junta Renovadora. A aliança que Perón aglutinou era tão heterogênea e incoerente quanto suas idéias políticas. Estavam juntos: Os sindicalistas da CGT, Os Yrigoyenistas do FORJA e os conservadores das províncias do interior. Perón foi eleito com 56% dos votos.

O governo peronista foi particularmente duro com a oposição política e sindical: muitos dos seus dirigentes foram presos. Nas universidades do país removeram-se professores dissidentes e impulsionou-se a CGU — Central Geral Universitária — como representante dos estudantes em oposição à majoritária FUA (Federação Universitária Argentina). Com um critério similar, criou-se a UES (União de Estudantes Secundários). A partir de 1950, a situação econômica começa a piorar. Ainda assim, Perón volta a se eleger em 1951.

A chegada do peronismo ao poder pela democracia produziu-se em pleno período pós-guerra, o qual significava a debilidade econômica da Europa em ruínas e a forte liderança dos Estados Unidos no hemisfério ocidental. Neste cenário, a Argentina se encontrava pela primeira vez em sua história na posição de credor dos países centrais, graças a suas exportações de carne e grãos às potências beligerantes. O principal devedor era o Reino Unido, que diante da emergência declarou sua iliquidez, bloqueando a livre disponibilidade de seus montantes. Mas o peronismo não sustentou a Argentina por muito tempo , o governo começa a ter dificuldades políticas; um golpe militar (a Revolução Libertadora), liderado por Eduardo Lonardi, ocorre em 1955. Assim, Perón teve que se exilar, fixando-se por fim na Espanha — e mesmo no exílio continuou sendo popular para os argentinos.

Emergência da moderna Argentina

Em 1826 o Congresso nomeou o primeiro presidente constitucional, Bernardino Rivadavia. Rivadavia era um Centralista que já mostrara anteriormente seu modo de governar quando exerceu o cargo de ministro de governo da província de Buenos Aires em 1821. Neste período o governo provincial focou, principalmente, nos melhoramentos da cidade de Buenos Aires, frequentemente repartindo o seu custo com todo o país, para torná-la uma cidade com ares mais europeus. Rivadavia construiu largas avenidas, escolas, calçamento de ruas e iluminação pública e fundou a Universidade de Buenos Aires, assim como dos cursos de teatro, geologia e medicina.

A Argentina, assim como Austrália, Canadá, Estados Unidos e Brasil recebeu nesse tempo uma onda de imigrantes, cuja sociedade foi sido influída em boa medida por um fenômeno imigratório maciço, que começou a partir dos meados do século XIX. A onda de imigração foi tão grande que, segundo a estimativa feita por Zulma Recchini de Lattes, a população argentina seria apenas 8 milhões de habitantes[5]

Independência da Argentina

As notícias da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, ambas baseadas nas ideias iluministas, introduziram ideias liberais na América Latina. A Argentina começou seu processo de independência da Espanha em 25 de maio de 1810, em um episódio denominado Revolução de Maio, empenhando-se em guerras contra os espanhóis e seus partidários (realistas); a revolução não teve uma calorosa acolhida em todo o vice-reino: outras regiões do Rio da Prata estavam tão interessadas em se tornarem independente de Buenos Aires como da Espanha. Em 1811 o Paraguai produziu sua própria declaração de Independência.

Em 1820, José de San Martín preparava um exército destinado a libertar o Chile e o Peru declarando sua independência. Em 26 de junho de 1822 celebrou-se a histórica reunião com Simón Bolívar. Os ventos (e os líderes) da Independência da Argentina sopraram para as demais colônias espanholas na América do Sul.Os argentinos consideram San Martín — que realizou a campanha de independência da Argentina, Chile e Peru — como herói de sua emancipação e "Pai da Pátria".

Após a derrota dos espanhóis, as disputas internas se deram entre os unitários e os federais. Iniciou-se um longo conflito para determinar o futuro da Nação. Em 1820, com a Batalha de Cepeda, iniciou-se um período de autonomias provinciais e guerras civis sendo que a união entre as províncias só se manteve graças aos chamados tratados interprovinciais. Na prática as províncias eram autônomas por cerca de 40 anos. Os caudilhos provinciais dominaram o mapa político e manejavam seus redutos com exércitos próprios.

Colonização espanhola

Os primeiros europeus chegaram à região com a expedição de Américo Vespúcio, que contornou a entrada do Rio da Prata em 1502. Posteriormente, o navegador espanhol Juan Díaz de Solís, em busca de uma passagem para o Oceano Pacífico, descobriu o Rio da Prata em 1516, e ao desembarcar no atual território do Uruguai foi atacado e morto pelos charruas. Os sobreviventes embarcaram novamente até a Espanha, mas muitos destes naufragaram e se refugiaram na Ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis.

Em 1534 a parte norte da atual Argentina foi entregue a Pedro de Mendoza; a região que vai do Estreito de Magalhães até o Pólo Sul passava a ser outorgada a Pedro Sarmiento de Gamboa. Mendoza chegou ao Rio da Prata em 1536 e fundou o Porto de Santa María del Buen Ayre, em honra à virgem de Bonaria, da cidade de Cagliari, patrona dos navegantes.


Bairro Jesuíta e Estâncias de Córdoba.Em 1609 foi fundada a primeira das Missões jesuítas guaranis. As trinta missões chegaram a ser, no século XVIII, um verdadeiro empório comercial, um "estado dentro do Estado", como denominavam seus detratores, que se estabeleceu como um sistema de organização econômica e social distinto ao das colônias que as rodeavam. Visto o respeito com que os jesuítas tiveram pela organização social comunitária dos guaranis, conseguiu-se que as missões tivessem a base do seu crescimento. Em 1767 a Espanha expulsa a Companhia de Jesus de suas possessões, com o qual os povos índios passaram a depender dos governadores civis espanhóis, que os exploraram à revelia, até ao ponto em que no princípio do século XIX quase todas as missões estavam despovoadas e em ruínas.

A sociedade colonial apresentou aspectos dissonantes de acordo com a região. No interior, determinou-se uma sociedade de castas fortemente diferenciadas: os fazendeiros brancos eram o topo social e centralizados do poder nas cidades; eram educados e refinados, enquanto os campesinos mestiços estavam em condições quase servis. A população negra era muito escassa, reduzida quase em sua totalidade ao serviço doméstico, salvo em cidades mais mercantis como Córdoba.

A repressão dos indígenas nos vales Calchaquies, a entrega em mita de muitos deles para trabalhar nas minas de Potosí, o processo de mestiçagem e a grande aculturação fizeram que as encomiendas dessem lugar a um campesinato relativamente livre. Na segunda metade do século XVI, tanto o Alto Peru e Tucumán como o Paraguai exigiam a criação de um porto no Atlântico Sul para poder estabelecer laços de comércio mais próximos com a Espanha e diminuir seu isolamento. É por estes motivos — e pela ameaça de incursões estrangeiras no Rio da Prata — que a Coroa Espanhola autoriza a segunda fundação de Buenos Aires. Desde então a cidade se converteu na saída natural dos produtos altoperuanos (entre eles a prata) e do Paraguai. Estabeleceu-se então, na década de 1580, um lucrativo comércio entre Tucumán e o Brasil através da cidade.

Argentina pré-colombiana


Os primeiros seres humanos a chegarem ao atual território argentino parecem ter vindo pelo extremo sul da Patagônia, provenientes do que hoje é o Chile. A presença humana mais antiga se encontra em Piedra Museo (Santa Cruz) e remonta a 11.000 anos a.C. Junto com os sítios arqueológicos de Monte Verde (Chile) e Pedra Furada (Brasil) constituem, até o momento, os locais de povoamento mais antigos da América do Sul e sustentam a teoria de povoamento recente da América. Outro remoto assentamento foi localizado em Los Toldos, também na província de Santa Cruz, com restos que datam do Décimo milénio a.C..

Os povos primitivos argentinos se dividiram em dois grandes grupos: os caçadores e coletores, que habitavam a Patagônia, o Pampa e o Chaco; e os agricultores, instalados a noroeste, regiões próximas à Cordilheira dos Andes, as serras de Córdoba e, mais tarde, a Mesopotâmia argentina. Os estudos antropológicos dos grupos caçadores e coletores, tradicionalmente considerados mais simples que os povos agricultores, puseram de manifesto a complexidade que alcançaram culturas de um alto grau de simbolismo, como os sélknam, aush, yaganes e kawésqar, da Terra do Fogo.

O noroeste atual argentino fazia parte do Império Inca, o maior império pré-colombiano da América do Sul.

Etimologia


O primeiro nome europeu dado ao povo habitante da atual Argentina foi "rioplatense" (na língua espanhola). O nome foi dado por um equívoco feito por Sebastião Caboto em 1526, quando passou pelo estuário do rio Uruguai e o chamou de "Rio de La Plata" (Rio da Prata, em espanhol) enganado pelo metal precioso que encontrou nas mãos de alguns indígenas, sem saber que eles o haviam tomado dos marinheiros da expedição portuguesa dirigida por Aleixo Garcia. Embora o equívoco tenha se esclarecido pouco depois, o nome manteve-se e logo o gentílico "rioplatense" aplicou-se em espanhol para designar os habitantes de ambas as margens do Prata, que os índios chamavam "Paraná-Guazú" ('rio grande como um mar').

O nome prata em latim se escreve "argentum", nome substantivo ao qual corresponde o adjetivo "argentinus". O nome Argentina foi usado pela primeira vez pelo poeta Miguel Del Barco Centenera (1535-1605) em seu poema histórico "Argentina y la conquista Del Río de la Plata" (Argentina e a conquista do Rio da Prata,em espanhol) publicado em 1602, sessenta e seis anos depois da fundação do "Puerto de Nuestra Señora Santa Maria del Buen Aire" (Porto de Nossa Senhora Maria do Bom Ar, em espanhol), hoje Buenos Aires. O substantivo Argentina foi utilizado amplamente a partir do século XVIII para designar toda a região rio-platense, abarcando os atuais territórios do Uruguai, Paraguai e parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Argentina

O primeiro nome europeu dado ao povo habitante da atual Argentina foi "rioplatense" (na língua espanhola). O nome foi dado por um equívoco feito por Sebastião Caboto em 1526, quando passou pelo estuário do rio Uruguai e o chamou de "Rio de La Plata" (Rio da Prata, em espanhol) enganado pelo metal precioso que encontrou nas mãos de alguns indígenas, sem saber que eles o haviam tomado dos marinheiros da expedição portuguesa dirigida por Aleixo Garcia. Embora o equívoco tenha se esclarecido pouco depois, o nome manteve-se e logo o gentílico "rioplatense" aplicou-se em espanhol para designar os habitantes de ambas as margens do Prata, que os índios chamavam "Paraná-Guazú" ('rio grande como um mar').